G1: Pesquisa com 1,1 mil pessoas da região indica que 93% consideram estudos da Unicamp relevantes

Uma pesquisa de opinião realizada pela Unicamp com 1,1 mil moradores de sete cidades da região de Campinas (SP) indica que 93% deles avaliam como relevantes os trabalhos científicos realizados pela universidade estadual. Foram ouvidas pessoas de 25 a 61 anos moradores de Campinas, Paulínia, Jaguariúna, Valinhos, Hortolândia, Sumaré e Indaiatuba.

Os entrevistados avaliaram a universidade quanto a qualidade, serviços à sociedade e inovação. Segundo o estudo, 72% deles indicaram a instituição como ótima e outros 21% como boa.

De acordo com o reitor da universidade, Marcelo Knobel, a pesquisa foi feita por uma "empresa-filha" da Unicamp, ou seja, empresa criada por alunos, ex-alunos, docentes ou funcionários da universidade, sem custos e buscou destacar a relevância de uma universidade pública para a sociedade.

"A pesquisa mostrou que nós temos uma universidade com excelente visão das pessoas. A gente precisa disso, porque quem financia a universidade pública é a sociedade. Aqui são utilizados dinheiro de impostos e nos precisamos mostrar para a população, de uma maneira geral, e para os políticos, em particular, que a universidade é fundamental para transformar a sociedade e melhorar o país em que vivemos", disse.

Qualidade do ensino

O estudo aponta que 81% dos entrevistados consideram ótima a qualidade do ensino prestado na Unicamp. Outros 17% responderam que ela é boa. Ainda segundo Knobel, a universidade trabalha para deixar ainda mais transparente os estudos e pesquisas de dados elaboradores nos laboratórios. Outra estratégia da Unicamp é integral de forma efetiva os ex-alunos da universidade.

"Vamos continuar esse programa de aprimorar cada vez mais esses dados. Trabalhar melhor com as empresas-filhas e com os ex-alunos", explicou.

Reconhecimento da saúde

O Hospital de Clínicas (HC) também foi avaliado. Segundo a pesquisa, 91% dos 1,1 mil moradores afirmaram que o trabalho da unidade médica é "muito importante". No caso da gestora empresarial Bruna Damaceno, o HC foi essencial no tratamento de saúde pelo qual ela passou. A jovem nasceu com uma deficiência metabólica e ao longo de 28 anos fez três transplantes de fígado e um de rim.

"Foi aqui que os profissionais descobriram esse meu problema e se não fosse pela Unicamp, provavelmente eu não estaria viva. Na minha cidade não descobriram o meu problema e se eu não tivesse vindo pra cá e feito a cirurgia de emergência, eu teria morrido. Eu indico a faculdade para estudo e tratamento médico para todas as pessoas que eu conheço", disse.

A manicure Ângela Rubinatti passa por um tratamento contra o câncer de mama há 10 meses no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), na Unicamp. Ela conta que foi no hospital da universidade que teve todo o apoio durante a cirurgia e reconstrução do seio.

"Em três meses eu fiz todas as consultas, exames e já estava sendo operada com a retirada e reconstrução numa cirurgia só. Foi lá no Caism que eu fiz a quimioterapia, tomo as vacinas preventivas, pego os medicamentos, faço os exames periódicos, tudo gratuitamente. Eles fornecem também café da manhã e almoço se necessário também. Fui sempre muito bem tratada lá", conta.

Ainda de acordo com o reitor da universidade, o hospital da Unicamp é o único de alta complexidade da região de Campinas. Atualmente, atende cerca de 6,5 milhões de pacientes.

"Até para quem trabalha na área de pesquisa surpreendeu, porque você ter ótimo e bom em 93% das respostas é um percentual muito elevado. O que nos dá cada vez mais força e energia pra continuar trabalhando e fazendo cada vez melhor", informou Knobel.

Fonte: G1 Campinas e Região

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