A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lançou ontem, na sala de reunião do Conselho Universitário (Consu), uma campanha com relatos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela universidade. Batizado de “Nossa Unicamp”, a iniciativa tem como objetivo ratificar a importância da instituição de ensino para o desenvolvimento da sociedade e do País. Por meio de uma parceira - concebida de forma voluntária pela Agência Sabiá - foi criado um site (http://www.nossa.unicamp.br) com vídeos de relatos inspiradores de oito profissionais que já passaram pela Unicamp como alunos, professores ou usuários do sistema de saúde.
O grupo escolhido é composto por Cristiano Amon, presidente global da Qualcomm; André Penha, cofundador e diretor de tecnologia do QuintoAndar; Hercules Gomes, compositor e pianista premiado; Kizzy Antualpa, ex-atleta de ginástica rítmica e professora universitária; Renata Tonon, pesquisadora da Embrapa; Leandro Karnal, historiador e professor da Unicamp; César Gon, cofundador e diretor-executivo da CI&T; e Mariangela Maraccini, paciente do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.
Na página, a universidade também disponibilizou centenas de depoimentos enviados por escrito por pessoas que usufruíram dos benefícios da Unicamp ao longo dos últimos anos. Há ainda um segundo espaço aberto para que qualquer pessoa possa deixar seu relato, contando sua experiência com a universidade. É possível ainda compartilhar relatos e divulgar a campanha nas redes sociais com a hashtag: #nossaunicamp. O site está disponível para acesso em http://www.nossa.unicamp.br.
Além de valorizar as virtudes da universidade, o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, explicou que a ação promovida ontem pela Unicamp também é uma espécie de reação às ameaças feitas pelo Governo Federal ao ensino público superior. “Não é uma resposta direta, mas é também uma maneira de mostrar que as universidades públicas são muito importantes para o País, diferentemente do que alguns políticos pensam”, afirmou.
No ano passado, polêmicas envolvendo o Governo Federal e institutos federais marcaram o noticiário brasileiro. Em abril, o Ministério da Educação (MEC) anunciou um grande bloqueio nas verbas destinadas à educação. Pouco tempo depois, o ministro da Pasta, Abraham Weintraub, disse que cortaria recursos de universidades federais que, segundo ele, promovessem “balbúrdia” em seus campi. Medidas como essas geraram vários protestos pelo Brasil e levaram milhares de pessoas as ruas contra a política do contingenciamento de verba na área da educação.
Pesquisas
Além de lançar uma página com depoimentos de pessoas que tiveram a vida transformada pela faculdade, a Unicamp também divulgou ontem duas pesquisas com profissionais que já mantiveram ou ainda mantêm algum tipo de vínculo com universidade. O objetivo era medir e saber a opinião delas com relação a instituição.
O primeiro questionário, conduzido em novembro de 2019 pelo Instituto Axxus, ouviu 1,1 mil pessoas entre 25 aos 61 anos nas cidades de Campinas, Paulínia, Jaguariúna, Valinhos, Hortolândia, Sumaré e Indaiatuba. A maioria dos respondentes (98%) avaliou a qualidade do ensino da universidade como “ótima” (81%) e “boa” (17%).
A pesquisa mostrou ainda que 93% dos entrevistados classificaram os trabalhos científicos desenvolvidos dentro do campus como “muito importantes e relevantes” e “ótimos”. Com relação ao trabalho desenvolvido pela área de saúde, 91% dos respondentes consideraram o serviço como “muito importante”. Quando questionados sobre a imagem da Unicamp, 93% dos entrevistados classificaram como “ótima” (72%) e “boa” (21%).
Na segunda pesquisa, cerca de 2,2 mil ex-alunos responderam um questionário online, enviado por e-mail entre os dias 6 de novembro de 2019 e 16 de janeiro de 2020. Deste total, 94% deles responderam que recomendariam a Unicamp a algum amigo ou familiar. Desse total, 88% justificariam a recomendação alegando que a qualidade do ensino oferecido é excelente.
Fonte: Correio
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